quinta-feira, 24 de abril de 2008

Na mesma ilusão de recomeçar... jogue tudo pro ar!

Foto: Bruna Prado

Ontem foi dia de Jorge, o santo guerreiro. Pra mim seria um dia de agradecimento dentro das minhas crenças e de registros, afinal é minha maneira de expressar a visão que tenho do mundo: fotografando. Mas sabe, acordar pela madrugada e entrar na fila junto com tantos outros para buscar força dessa vez foi diferente.
Não consegui me expressar através da fotografia, acho que pela necessidade de encontrar a visão que tenho de mim naquele momento. Do que sou, do que quero, de onde estou e para onde vou. E como vou chegar lá? Que caminho escolher? Do que eu fiz até agora e do que eu deixe de fazer? Das minhas escolhas, das minhas vitórias e das minhas derrotas.

Estava lá não mais como observadora (fotograficamente falando), e sim como mais uma em milhões que por ali passaram buscando força para tantos questionamentos ou colocações que encontramos pelos caminhos de uma vida ou de nós mesmos. Fui buscar aquilo que chamamos de fé, essa tal força que supera o insuperável. É, e só me dei conta do tamanho disso tudo quando entrei naquela fila.

Por que eu estavam ali naquela igreja, acreditando, buscando? Por que? Por que o ser humano precisa disso? Qual o significado disso tudo pra mim? Qual a resposta? Perguntas... e assim o dia passou. Hoje, no voltar para a rotina "achei" ou "ganhei" uma resposta de uma forma “musicalizada”:

“O tempo é que vai passar
A gente só vai rodar
Na mesma ilusão de recomeçar
Jogue tudo pro ar eu estou a flutuar
Na sua ilusão fácil de alcançar”

Me dei conta que parte daquilo que eu estava tentando entender era a consequência dos diversos caminhos que escolhi no percorrer da minha vida. Me deixando levar pelas cobranças, deixando alguns dos meus sonhos para depois, para aquele chamado “um dia”. E ai o tempo, como diria Cazuza: não pára. Acho que me dei conta que “eu estou a flutuar na minha ilusão”.

Naquela fila fui buscar força, acho que para eu mesma entender que “um dia” para os meus sonhos está sendo o mesmo que colocá-los eternamente como sonhos. “O tempo é que vai passar”, e ele passa! O recomeço na verdade é o começo de novas atitudes e posturas. Tá na hora de jogar tudo para o ar!

Música citada: Ter que esperar - Chicas


segunda-feira, 21 de abril de 2008

Luz e a Fotografia - PARTE 2: LUZ INCIDENTE E LUZ REFLETIDA

LUZ INCIDENTE - quando a luz atinge uma superfície, ela pode ser transmitida, absorvida ou refletida. No caso de uma superfície transparente, como o vidro de uma janela, a maior parte da luz será transmitida, embora um pouco seja perdida por reflexão e absorção. Um material translúcido como um lenço de papel, tem capacidade de transmissão muito menor e difunde a luz que passa por ele. A proporção de luz transmitida, absorvida ou refletida é uma função de comprimento de onda;
Luz Incidente ou Iluminâncias

Fotômetro de Luz Incidente mede a quantidade de luz que cai em um objeto, através de um hemisfério ou disco difusor sobre a fotocélula para calcular a média de luz incidente sobre ele. Ele deve ser colocado perto do objeto e voltado para a câmera, de modo que a luz que incide na lateral do objeto a ser fotografado faça parte da leitura.

LUZ REFLETIDA - A grande maioria das fotografias que registramos é com luz refletida sobre o objeto e não com a luz que incide sobre ele.

Luz Refletida

A luminância total de uma superfície é determinada pela quantidade de luz incidente sobre ela e por uma propriedade conhecida como refletância. A refletância de uma substância é expressa como um número percentual, que indica a proporção de luz incidente refletida pelo material/objeto. É por esta diferença que vemos alguns objetos “brancos” e outros “pretos”, quer estejamos observando sob a luz do dia, quer sob uma luz fraca.

Um material muito preto é capaz de refletir menos de 2% da luz incidente, já um material branco é capaz de refletir mais de 95%; no entanto nenhum material apresenta refletância de 100%, uma vez que um pouco de luz sempre é absorvido ou dispersado.

Um material muito preto é capaz de refletir menos de 2% da luz incidente, já um material branco é capaz de refletir mais de 95%; no entanto nenhum material apresenta refletância de 100%, uma vez que um pouco de luz sempre é absorvido ou dispersado.



quinta-feira, 17 de abril de 2008

Luz e a Fotografia - PARTE 1: LUZ

Primeiramente devemos entender que aquilo que vemos com os olhos não é o mesmo que o filme/sensor vê na câmera. Distinções semelhantes entre aquilo que vemos e a escala de tons de uma fotografia precisam ser entendidas.Diferenças surgem da natureza da luz e do modo pelo qual ela é apreendida por nossos olhos e registrada no filme/sensor. É importante reconhecermos essas diferenças, para que nossas fotos representem o objeto conforme o vimos ou pensamos que vimos na hora de fazer a exposição.

O ESPECTRO ELETROMAGNÉTICO:
A luz é apenas o tipo de radiação eletromagnética à qual somos capazes de ver. Essa radiação pode ser considerada um espectro contínuo que inclui além da luz, ondas de rádio, de radar e raios X, raios gama e outras formas de energias radiante. O que distingue cada uma dessas formas de radiação é o comprimento da onda (a distância de uma crista da onda a outra). Apenas o comprimento de ondas visíveis são definidos co
mo luz, e os outros são chamados de radiação.

O espectro eletromagnético. Todas as formas de radiação possuem
comprimento de ondas característicos. A radiação à qual nossos
olhos reagem é a luz, que ocupa uma faixa relativa
pequena dentro do espectro. O comprimento de onda de luz
determina sua cor, conforme mostra o gráfico do espectro visível.


A radiação visível se encontra na estreita faixa de comprimento de onda compreendida entre 400 e 700 nanômetros*. Nesse intervalo, o comprimento de onda determina a cor da luz: violeta no menor comprimento, depois azul, verde, amarelo e vermelho. Além do vermelho do final do espectro visível fica a região infravermelha, e os comprimentos de onda menores que o violeta são chamados de ultravioleta, também invisíveis. No entanto, tanto a radiação ultravioleta quanto a infravermelha são capazes de expor a maioria das emulsões fotográficas, do mesmo modo que outras formas de radiações , como os raios X.

*Um nanômetro (nm) equivale a 10-9 m, ou 1 bilionésimo de metro, ou 1 milionésimo de milímetro.

Fonte: O Negativo – Ansel Adams – Editora SENAC